O
Animacine exibiu 69 filmes realizou três oficinas, exposições e palestras em
três cidades do interior pernambucano.
O Animacine -
Festival de Animação do Agreste. É o primeiro festival
de animação do interior pernambucano, contemplou os municípios de Caruaru,
Bezerros e Gravatá. O evento com exibições gratuitas de filmes de animação
nas diversas técnicas do gênero. A programação com mostras competitivas e paralelas,
exposição, oficinas e seminários sobre produção, incentivos ao setor, economia
criativa e perspectivas da animação em Pernambuco.
Marca ANIMACINE |
Esta é a primeira edição do Animacine, que tem o patrocínio da
Fundarpe/Governo de Pernambuco. As mostras competitivas exibidas no Museu do
Barro, em Caruaru. Já as sessões itinerantes no Alto do Moura, no Ponto de
Cultura GAMR Grupo de Apoio aos Meninos de Rua no Alto do Cruzeiro, em Gravatá
e a Budega do Veio (Serra Negra), em Bezerros.
De um universo de 80 inscrições, 60 curtas foram selecionados: 23
para a Mostra Competitiva Nacional; 18 para a Mostra Competitiva
Estrangeira; e 19 para a Mostra Formação. Além de filmes de todo o Brasil,
participam filmes da França, Colômbia, Canadá, Espanha, Itália, Chile, México,
Venezuela e Luxemburgo. Além disso, haverá uma mostra especial com primeiros
filmes do Núcleo de Animação do Centro Técnico Audiovisual – CTAv, a ser
exibida na quinta (Cineclube Alto do Moura - Caruaru) e na sexta (na Budega do
Véio - Bezerros).
Na seleção filmes de diretores que são referência na animação
brasileira, como Quiá Rodrigues (“Cabeça Papelão”), Amir Admoni (“Linear”),
além dos pernambucanos Marcos Buccini (“O Cangaceiro”), Pedro Severien e
William Paiva (“O Homem Planta”) do renomado Arnaldo Galvão pernambucano
radicado em São Paulo e o paulista “A Guerra dos Gibis”, de Thiago Mendonça A
lista completa está disponível em www.animacine-pe.blogspot.com.
O foco do Animacine está na produção artesanal, feita à
mão. “Estamos na região mais artesanal do país, que é o Nordeste. E no agreste
temos a tradição da xilogravura, do barro e dos mamulengos. A intenção é que
possamos através do cinema de animação, os artistas possam fazer cinema e
conquistar mais alcance para suas obras”, diz Lula Gonzaga, coordenador do
festival e pioneiro do cinema de animação em Pernambuco. Desde que
desenvolveu sua especialização na Zagreb Film / Croácia e Praga (República
Tcheca), Lula defende a existência de uma política cultural especifica para
animação no nordeste. “É uma região de muita musicalidade, de um universo
mágico e místico que tem tudo a ver com o cinema da animação”.
Outro destaque do Animacine é a capacitação
através das oficinas de formação, sediadas no Museu do Barro e no Campus da
UFPE de Caruaru:Desenho animado com
Lula Gonzaga, Animação com Recortes com Marco Buccini e Produção sonora para filmes
de animação, com Alexandre Jardim (RJ) e Joaquim Eufrasino, técnicos enviados pelo Centro Técnico
Audiovisual (CTAv) para realizar uma oficina de produção sonora para filmes de
animação. A animação está no DNA do CTAv, que foi fundado em 1985 a partir de
uma parceria entre a Embrafilme e
o National Film Board (NFB), do Canadá, com o objetivo de auxiliar
na formação de animadores em técnicas de baixo custo e com isso fomentar a
produção de animação no país. Além de trabalhar como mixador e com efeitos e
ruídos sincronizados, Alexandre é responsável pela restauração do som dos
filmes “Assalto ao Trem Pagador” e “A Rainha Diaba”. E Eufrasino, mais
conhecido como Babá, atua desde os anos 1970, tendo fotografado boa parte dos
curtas de animação brasileiros. Dois veteranos do cinema nacional, que
compartilharam sua vasta experiência e contaram boas histórias. “A ideia é mostrar com oficinas que é
possível produzir de forma simples e barata. Assim como em Hollywood ou em
Londres, podem-se fazer animações em uma escola de Caruaru, Exu ou em uma
comunidade indígena ou quilombola”, diz Lula.
Savio Marques, Amélia Campello, Beth D'Oxum, Afonso Oliveira, Antônio Crrilho, Lula Gonzaga, Regina Lúcia e Alexandre Jardim. |
Outro parceiro do festival é o designer e professor da UFPE
Marcos Buccini, que ministrou oficina de recorte digital. “Para participar não
foi preciso saber desenhar, pois nos concentramos em termos de tempo e
movimento”. Buccini também coordena o Maquinário - Laboratório de Animação da
UFPE, do qual fazem parte 35 alunos de design. Apesar do que o uso da
tecnologia – computadores Mac e software After Effects – pode insinuar,
trata-se de um trabalho 100% artesanal, feito com a mão no mouse e dedos no
teclado.
Ao dar seus primeiros passos, o Animacine assume um papel pioneiro de catalizador de uma produção que valoriza as raízes para gerar novos frutos, principalmente por se inserir em um contexto jovem e vibrante de produção audiovisual, aliado à tradição do interior nordestino. Lula Gonzaga cita que esta primeira edição foi feita com recursos reduzidos e que espera um crescimento necessário, mais que não deve colocar em risco a dimensão humana, uma das forças do evento.
Ao dar seus primeiros passos, o Animacine assume um papel pioneiro de catalizador de uma produção que valoriza as raízes para gerar novos frutos, principalmente por se inserir em um contexto jovem e vibrante de produção audiovisual, aliado à tradição do interior nordestino. Lula Gonzaga cita que esta primeira edição foi feita com recursos reduzidos e que espera um crescimento necessário, mais que não deve colocar em risco a dimensão humana, uma das forças do evento.
Sobre Lula Gonzaga
Pioneiro do cinema de animação em Pernambuco, Lula Gonzaga
possui uma longa carreira dentro da cadeia audiovisual, como arte-finalista,
animador, assistente de produção, de cenografia e de direção. Seu trabalho
autoral inclui sete curtas-metragens nas mais variadas bitolas: Super-8, 16mm,
35mm e em vídeo. Iniciou sua trajetória no desenho animado em 1970, foi um dos
realizadores do Ciclo do Super8 de Pernambuco e um dos primeiros associados da
ABD (Associação Brasileira de Documentaristas). Fez especialização em cinema de
animação na Zagreb Film / Croácia e Praga na República Tcheca (1982) e em
Economia da Cultura pela UFRGS/Fundaj (2009). Coordenou diversos projetos de
oficinas e mostras itinerantes de animação por todo país em especial no norte e
nordeste e assumiu, em dois períodos, a direção de Cinema da Prefeitura de
Olinda, onde coordenou o espaço alternativo Cine Bajado, coordenou o I Encontro
Nacional de Cinema de Animação de Olinda e a I Mostra Ibero Americana de Cinema
de Animação de Olinda, Atualmente atua com formação e difusão, produz filmes de
animação, coordena o Ponto de Cultura Cinema de Animação, o Cine Anima
Itinerante e realiza o Músicas Animadas projeto de série para TV de músicas de
Pontos de Cultura musicais.
Serviço:
Animacine – Festival de Animação do Agreste
Pernambucano
Coordenador: Lula Gonzaga
Produtor: Tiago Delácio
Informações para a imprensa:
André Dib
Núcleo Base Comunicação
(81) 3031-0352 / 9675-6252
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